The purpose of this research was to describe the overweight prevalence and factors potentially associated to it in adults residents in areas of social exclusion. The sample consisted of 3,214 individuals, aged 20 to 69 years, in shanty town in Maceió-AL, Northeast of Brazil. Body mass index (BMI) was used in the nutritional evaluation. Overweight prevalence of 41.2% was found (46,2% females vs. 32,6% males, p<0.001). The analysis indicated there is higher chance of getting overweight, both for males and females, in higher age ranges (Prevalence Ratio [RP]= 1.62, CI95% 1.37-1.90 and RP= 1.55, CI95% 1.41-1.69, respectively), and among those from rural areas (RP= 1.27, CI95% 1.07-1.51 and RP=2.23, CI95% 2.01-2.47, respectively). In males, the overweight risk is directly associated to the schooling level (RP=0.78, CI95% 0.63-0.97), whereas, in females it is inversely associated (RP=1.40, CI95% 1.17-1.66). A higher overweight risk was evidenced among men of higher income (RP= 1.29, CI95% 1.09-1.53). In general, small improvements in variables related to housing conditions and consumption goods are associated to higher overweight risk. Even in populations of low socioeconomic level, improvement in housing conditions can become an overweight risk factor in adults for both genders, whereas education is a protective factor for women and the income a risk factor in men.
Objetivo deste estudo foi descrever a prevalência do excesso de peso e os fatores possivelmente associados em adultos residentes em áreas de exclusão social. A amostra foi composta por 3.214 indivíduos de 20 a 69 anos residentes em assentamentos subnormais de Maceió-AL, na região Nordeste do Brasil. Na avaliação nutricional, foi utilizado o índice de massa corporal (IMC). Encontrou-se prevalência de excesso de peso de 41,2%, (46,2% mulheres vs. 32,6% homens, p<0,001). A análise indicou, tanto entre os homens quanto entre as mulheres, maior chance de excesso de peso nas faixas de idade mais avançada (Razão de Prevalência [RP]= 1,62, IC95% 1,37-1,90 e RP= 1,55, IC95% 1,41-1,69, respectivamente), e entre os procedentes da zona rural (RP= 1,27, IC95% 1,07-1,51 e RP=2,23, IC95% 2,01-2,47, respectivamente). O risco de excesso de peso mostrou-se diretamente associado ao nível de escolaridade no sexo masculino (RP=0,78, IC95% 0,63- 0,97) e inversamente no sexo feminino (RP=1,40, IC 95% 1,17-1,66). Foi evidenciado risco maior de excesso de peso entre os homens de maior renda (RP= 1,29, IC95% 1,09-1,53). No geral, as variáveis relacionadas às condições de moradia e aos bens de consumo evidenciaram que pequenas melhorias estão associadas ao maior risco de excesso de peso. Mesmo dentro dessa população de baixo nível socioeconômico, melhorias nas condições de moradia podem constituir-se em fatores de risco para o excesso de peso em adultos de ambos os sexos, enquanto que a educação se comporta como fator protetor no sexo feminino e a renda como fator de risco no sexo masculino.